domingo, 20 de novembro de 2011

Olhos também sofrem com pintas e verrugas




Qualquer anomalia que aparecer na região deve ser examinada por um especialistaNão é apenas a pele que sofre com o aparecimento de pintas e verrugas. Os olhos também podem passar pelo mesmo problema. "Além de incomodarem o paciente, causando um desconforto estético, pintas e verrugas na região dos olhos e pálpebras devem ser examinadas com atenção porque podem indicar a existência de um tumor na área", alerta Fernanda Takay, oftalmologista especializada em plástica ocular.






Tecnicamente, qualquer pinta ou verruga é considerada um tumor, que pode ser benigno ou não. "Quando uma pinta ou verruga é observada na área dos olhos, deve-se procurar um oftalmologista, pois ela pode se modificar, crescer, sangrar, e, em alguns casos, dar origem a feridinhas que não cicatrizam. Diante de qualquer um destes sinais é importante procurar auxílio médico", recomenda a médica.






Após o exame clínico do oftalmologista, a etapa seguinte do tratamento é a retirada das pintas e verrugas, que pode ser feita com ultra-som. Em seguida, faz-se a biópsia do material retirado, para saber se há necessidade de um acompanhamento oncológico também. "É importante fazer a análise do material retirado, pois alguns tipos de pintas e verrugas costumam aparecer antes do diagnóstico de um melanoma", informa a médica.






Segundo a especialista, as pintas e as verrugas ao redor dos olhos podem surgir por causas variadas, como fatores genéticos, excesso de exposição solar ou devido à presença do papiloma vírus.






Em média, as pessoas têm de 17 a 25 pintas, mas há aquelas que chegam a ter mais de cem pintas, fato que se repete em outros membros da família.






Essas precisam ser observadas, especialmente se houver um caso de melanoma num tio ou num avô, por exemplo, porque isso caracteriza a síndrome do nevo displásico ou síndrome do nevo atípico. "Como existe a possibilidade de o melanoma ter origem congênita, 8% dos casos, há grupos familiares com incidência maior da doença por causa do número de pintas. Quanto maior o número de pintas, maior a incidência desses tumores", informa Fernanda.






Fonte: Portal Abril

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aumenta a incidência de catarata entre jovens e crianças


Organização Mundial de Saúde estima que até 2020 cerca de 40 milhões de pessoas serão vítimas da doença.
Os problemas que atingem a visão avançam rapidamente com o passar dos anos, mas não é só a idade que influencia neste processo. De um modo geral, traumatismos, uso de medicamentos e até mesmo a exposição excessiva ao sol podem acelerar o aparecimento dessas patologias e atingir, inclusive, pessoas de pouca idade.
O oftalmologista e presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares (SBCII), Leonardo Akaishi, revela que o número de jovens e crianças com doenças oculares têm chamado a atenção, principalmente quando se tratam de problemas mais graves, como o glaucoma e a catarata. Só no Brasil, são detectados 100 mil novos casos por ano.
Para o médico isso tem relação com a forma que as pessoas têm lidado com a saúde ocular. “O brasileiro, especificamente, tem uma característica muito peculiar quando se trata de acompanhamento oftalmológico. O número de pessoas que fazem check up anual é muito pequeno, o que acaba aumentando a incidência de doenças que poderiam ser prevenidas”.
Novo perfil de pacientes
Segundo a médica oftalmologista do departamento de catarata do ICB Oftalmologia Cíntia Arantes, o novo perfil de pacientes com a doença é uma realidade que precisa ser considerada. “Temos recebido pacientes bem jovens nos consultórios, para tratar problemas que poderiam ser evitados, caso houvesse um acompanhamento prematuro”, garante, complementando que isso não vale para todos os casos.
“Há diversos tipos de catarata, algumas são genéticas, mas outras podem ser ocasionadas por algum tipo de lesão na visão. Neste caso, incluímos aí diversos fatores, como traumatismo, diabetes, uso de medicamentos e até mesmo alimentação equivocada e exposição excessiva ao sol”, afirma.
A especialista explica que quanto mais cedo estes casos forem diagnosticados, mais fácil é reverter o quadro, principalmente quando se trata de jovens e crianças. “Em muitas situações, há necessidade de uma cirurgia emergencial, pois é preciso restabelecer rapidamente a saúde ocular para evitar outros danos, como a Ambliopia - também conhecida como olho preguiçoso. Quanto mais precoce a operação, melhor é o resultado visual”, explica. “Por isso frisamos tanto a necessidade do check up frequente e ainda do início precoce de acompanhamento oftalmológico”, conclui Cíntia Arantes.
FONTE: PORTAL DA OFTALMOLOGIA

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Teste do Olhinho pode evitar 80% dos casos de cegueira




A cada minuto, uma criança fica cega no mundo, segundo estimativa divulgada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica. A instituição calcula que, no Brasil, existam aproximadamente 25 mil crianças cegas. Os especialistas acreditam que 80% dos casos de cegueira no mundo poderiam ser evitados.

O Teste do Olhinho, ainda pouco conhecido pelos pais, pode detectar muitas doenças visuais ainda em fase inicial. O exame apontado por oftalmopediatras como uma técnica simples e rápida, permite o diagnóstico precoce de catarata, glaucoma congênito, opacidades de córnea, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares ou hemorragias intravítreas, ainda em recém-nascidos, antes de receberem alta da maternidade.

Para o neuropediatra Saul Cypel, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, entidade que divulga informações sobre o desenvolvimento integral das crianças de até três anos, o exame pode minimizar os impactos da doenças ao longo do tempo.

“Você pode evitar uma baixa importante da visão ou mesmo uma cegueira se tiver o diagnóstico precoce e as medidas de tratamento mais imediatas. Vamos supor que você tenha uma criança na qual você fez o diagnóstico de uma catarata congênita, quanto mais precocemente você atuar no tratamento da catarata,
melhores condições de desenvolver a visão a criança vai ter”.

O teste é feito em uma sala escurecida, onde o médico ilumina o olho do recém-nascido com um feixe de luz. Caso não haja qualquer obstrução ou problema, o olho da criança reflete um brilho vermelho, parecido com o que acontece em fotografias.

Mesmo diante da relação de benefícios apontada pelos médicos, em apenas dez estados do país, o exame é obrigatório na rede pública de saúde. Saul Cypel ainda lembra que o teste que é conhecido no Brasil há quase uma década, só se tornou obrigatório para os planos de saúde em 2010.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, o Teste do Olhinho está incluído na Rede Cegonha, uma campanha lançada em março deste ano, para diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação de crianças e “a realização destes exames é incentivada pelo Ministério da Saúde logo na fase inicial de vida”.

Em nota, o ministério ainda destaca que “desde 1989, o Sistema Único de Saúde (SUS) contempla os exames capazes de identificar qualquer alteração ocular em pacientes, seja em recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos ou idosos” e acrescenta que “todos os exames, além do acompanhamento e assistência médica, são oferecidos gratuitamente à população pelo SUS”.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dietas ricas em antioxidantes como as vitaminas E e C podem prevenir a catarata






Harvard comprova: vitaminas E e C ajudam os olhos
Vitaminas podem prevenir a catarata e auxiliar no tratamento dos portadores em estágio avançado da degeneração macular

Dietas ricas em antioxidantes como as vitaminas E e C podem prevenir a catarata e auxiliar no tratamento dos portadores em estágio avançado da degeneração macular - doença dos olhos relacionada à velhice. O estudo, intitulado ’Estudo das Doenças Oftalmológicas Relacionadas à Idade’, foi conduzida pelo Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Em meio ao anúncio, os pesquisadores fizeram um apelo para que as pessoas procurem ingerir esses micronutrientes e "não esperem até que seu médico faça a recomendação". Segundo dados da Universidade de Harvard, mais de um quarto dos norte-americanos com mais de 75 anos sofre de degeneração macular, doença que, apesar de não levar à cegueira total, pode prejudicar a capacidade de enxergar das pessoas. Números atualizados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que aproximadamente 2,9 milhões de brasileiros com mais de 65 anos de idade sofram da doença.



FONTE: PORTAL DA OFTALMOLOGIA



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Os benefícios da bicicleta fixa para os passeios urbanos
As bicicletas fixas são fáceis de controlar e garantem bons passeios
Foto: Reprodução
Um jeito diferente de pedalar: conhecidas lá fora há algum tempo, as bicicletas fixas começam a se tornar populares também no Brasil. Trata-se de uma forma diferente de encarar a magrela: como tem a transmissão fixa, a bicicleta só anda quando se move o pedal, ou seja, não é possível parar de pedalar.
Com apenas uma marcha e, em alguns casos, com freio apenas no pedal, a relação do ciclista com a bicicleta é bem diferente. Perfeitas para andar na cidade, por serem leves e fáceis de controlar no trânsito das metrópoles, as fixas têm ganhado cada vez mais adeptos por aqui. Em São Paulo, já há até uma loja especializada nesse tipo de bicicleta: a Tag & Juice, no bairro da Vila Madalena, onde é possível montar a bicicleta, comprar acessórios e também ver exposições de arte relacionadas ao universo urbano.


FONTE: Revista Vida Simples

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A relação entre o airbag e os traumas oculares





Não é uma surpresa que os acidentes com automóveis causam um grande número de lesões oculares. E estas lesões oculares, que ocorrem durante acidentes de trânsito, têm aumentado progressivamente. Estatísticas da Sociedade Americana de Trauma Ocular mostram que 8,9% das lesões oculares são causadas por acidentes com veículos automotores. Os acidentes automobilísticos também são a principal fonte de lesões oculares bilaterais, que podem ser causadas pelo acidente e/ou pela abertura dos airbags.

Segundo dados da Seguradora Líder, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat), o trânsito no Brasil matou 147 pessoas por dia, entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano. Ao todo, 26.894 pessoas morreram nesse período (cerca de 2 mil pessoas a mais que no primeiro semestre de 2010) e 107.403 ficaram com algum tipo de invalidez, número que aumentou em quase 30 mil de um período para o outro. O Brasil é o quinto país em número de acidentes de trânsito no mundo.

Um piscar de olhos é o que melhor ilustra o tempo entre a abertura do airbag e o início do seu desinflar. A operação dura 30 milésimos de segundos, graças à “explosão da bolsa” em uma velocidade média de 300 km/h. O sistema, que funciona como um complemento do cinto de segurança, começa a se popularizar no
Brasil e, em 2014, será obrigatório nos carros novos. Mas exige cuidados para cumprir sua função.

Como se trata de uma “explosão”, os ocupantes de veículos com airbag devem ter cuidado redobrado com a postura dentro do carro. A mais importante delas é o uso do cinto de segurança. Obviamente, ele é indispensável em qualquer situação, mas nos carros com as bolsas protetoras, a pessoa que estiver sem
cinto pode se machucar ainda mais. Achar que pode usar o airbag sem cinto é o erro mais grave. Isso porque a proporção da abertura do airbag é calculada levando em conta o trabalho do cinto de segurança, que segura, e muito, o corpo.

Hoje, diversos estudos e pesquisas têm como objetivo mudar a maneira que os airbags são implantados para reduzir os traumas oculares decorrentes de sua abertura. "Projetistas de sistemas automotivos e de segurança devem continuar a investigação sobre o design de abertura do airbag, visando minimizar o contato visual”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion.

Impacto sobre os olhos

A Fundación Mapfre, por meio de seu Instituto de Segurança Viária, na Espanha, realizou um estudo sobre as lesões oculares e orbitárias provocadas pelo acionamento do airbag em colisões de baixa velocidade, que envolviam condutores usuários de óculos.

A pesquisa teve como objetivo analisar os possíveis riscos e benefícios ocasionados pelo uso de óculos, no momento do disparo do airbag, e de seu choque contra a face do motorista. Ficou demonstrado que o uso combinado do airbag e do cinto de segurança reduz o risco de morte em mais de 50%.

Porém, o estudo demonstra que, em alguns casos, o disparo do airbag pode provocar lesões. Isso acontece, principalmente, porque os condutores mantêm uma distância inadequada em relação ao volante: 26% se situam a menos de 42,5 centímetros (distância olhos ao centro de volante), quando o recomendado, em média, são 45 centímetros.

A possibilidade das pessoas que usam óculos sofrerem lesões mais graves na região ocular, no caso de disparo do airbag, irá depender do tipo de armação e do tipo de lente utilizada nos óculos. Para validar estes dados, os pesquisadores realizaram testes com diferentes vidros e armações. Os resultados mostram que, quando os óculos não se quebram, eles atuam como um agente protetor para os olhos, ainda que esse efeito seja 15% inferior, no caso de óculos sem armação que envolva toda a lente.

Em choques a 30 km/h com óculos tradicionais (de armação fechada), em que ocorre o disparo do airbag, eles permanecem no rosto e na maioria dos casos não se quebram, causando um potencial efeito protetor. Como recomendação final, após a realização dos testes, os pesquisadores orientam os condutores a:

• não usarem lentes de vidro mineral para conduzir porque estas podem se estilhaçar;

• usarem óculos com armação fechada;

• solicitarem assessoria sobre a solidez da armação e a resistência dos vidros empregados nas lentes de óculos;

• manterem uma distância adequada em relação ao volante: uma média de 45 centímetros entre o rosto e o centro do volante.

Outras preocupações

“Quando o assunto é o uso do airbarg, pacientes que já fizeram cirurgias refrativas, de catarata ou de glaucoma devem ser informados do alto risco de sofrerem lesões oculares graves no caso de colisão. Como medida preventiva, devem escolher óculos com maior capacidade de proteção para dirigir um veículo”, informa o oftalmologista Virgílio Centurion.

Além dos traumas oculares, a literatura médica registra casos de queimadura nos olhos, após a abertura dos airbags. Um dos primeiros relatos sobre o problema surgiu no Annals of Emergency Medicine, em 1992, quando um paciente apresentou ceratite química, depois que um airbag do lado do motorista foi acionado. De lá, para cá, outros casos semelhantes foram registrados, mas em menor frequência que os traumas oculares provocados pelos airbags.

Um estudo relevante sobre este tipo de lesão foi feito em 1999, envolvendo lesões oculares provocadas pelo airbag em 97 pacientes. A pesquisa, publicado no Transactions of the American Ophthalmological Society, constatou que nove pacientes (9%) apresentavam ceratite química e cinco deles sofriam com o
problema em ambos os olhos.

"A ceratite é uma 'queimadura' resultante do contato da córnea com a amônia, o hidróxido de sódio e o aerosol, que são emitidos como subprodutos da combustão de sódio, usado para inflar o airbag. Queimaduras resultantes deste processo dependem da quantidade e da duração da exposição da córnea aos componentes alcalinos. A maioria deste tipo de queimadura tem cura, mas a medicina já registra casos extremos, que exigem transplante de córnea e perda da acuidade visual de forma permanente", explica Centurion.

De acordo com informações da indústria automobilística, os airbags recentes estão empregando menos produtos químicos tóxicos (como por exemplo, a azida de sódio), o que diminui o risco de queimar os olhos. E a menos que o acidentado retenha substâncias químicas tóxicas em seus olhos por um período prolongado
de tempo, ele não está susceptível a sofrer danos graves na córnea, como resultado da abertura do airbag.

FONTE: Portal da Oftalmologia - http://www.portaldaoftalmologia.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

Os olhos também precisam de proteção na neve


Há algumas semanas, o programa de televisão Fantástico estreou um novo quadro, o Planeta Extremo, onde o desafio dos participantes era participar de duas maratonas na Antártica: uma de 42 km e outra de 100 km. Ao término da primeira prova, um dos competidores, que não se adaptou ao uso dos óculos de sol da prova, apresentava graves queimaduras lesões oculares.

Isto porque esquiar, patinar no gelo ou fazer caminhadas em altitudes elevadas pode ser mais difícil para os olhos do que um dia inteiro na praia. “A neve potencializa o efeito dos raios solares, refletindo quase 80% dos raios do sol, enquanto a areia da praia reflete apenas 15%”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion.

Há quase um século, os exploradores do Ártico forneceram os primeiros relatos dos efeitos adversos da radiação ultravioleta nos olhos. A cegueira da neve ou snowblindness é o termo empregado para descrever as queimaduras na córnea sofridas por muitos deles devido à grande exposição ao sol e aos reflexos da neve.

“Uma pessoa que se expôs ao sol da montanha pode sentir dor ocular intensa, apresentar olhos vermelhos, aparecimento de halos ao olhar para luz, edema palpebral, aumento do lacrimejamento. Esses sintomas podem levar de 6 a 12 horas para aparecerem. Dependendo da gravidade da lesão e do tratamento recebido, o escalador pode voltar a recuperar a visão em cerca de 18 horas. A superfície corneana leva em média de 24-48h para se regenerar. Mas, infelizmente, há casos onde a cegueira é total e permanente”, alerta Virgílio Centurion.

Para se proteger

A maioria das pessoas já sabe que os raios ultravioleta (UV) podem causar câncer de pele e outros problemas. Mas isso não é tudo. As pessoas não tem conhecimento sobre os danos que os raios UV podem fazer aos olhos. “No verão ou no inverno, as horas de exposição à luz solar intensa podem queimar a superfície do olho, causando uma condição temporária e dolorosa conhecida como ceratite. Ao longo do tempo, a exposição desprotegida pode contribuir para a catarata, assim como para o câncer das pálpebras e de pele ao redor dos olhos”, explica Virgílio Centurion.

A exposição aos raios UV também pode aumentar o risco de degeneração macular, principal causa de cegueira em pessoas com idade acima de 65 anos. Enquanto a catarata pode ser removida cirurgicamente, não há maneira de reverter os danos provocados pelo sol à mácula, área principal da retina.

Exposição sem proteção

A exposição ao sol sem a devida proteção ocular é um tema que preocupa os oftalmologistas cada vez mais. “É preciso investir em informação e em campanhas educativas para sensibilizar grande parte da população. A medida mais simples (e ao mesmo tempo desafiadora) é conscientizar a população sobre a importância de comprar um bom par de óculos escuros, com proteção UV. Preço e estilo não devem guiar esta compra. Há óculos baratos muito apropriados para fotoproteção e outros modelos bem caros que não oferecem proteção alguma”, diz a oftalmologista Roberta Velletri.

A exposição prolongada aos raios UV provoca danos aos tecidos da superfície do olho, bem como à retina e ao cristalino. “Mesmo assim, os órgãos reguladores ainda não encaram os óculos de sol como um instrumento preventivo de doenças oculares. E não há regulamentação sobre o nível de proteção UV que os óculos de sol devam oferecer. Portanto, diante de tantas ofertas no mercado, a proteção oferecida pelos óculos de sol pode variar e até mesmo ser completamente ineficaz”, alerta a médica.

Um critério que deve guiar a compra é olhar as etiquetas dos produtos e verificar se o par de óculos fornece pelo menos "98% de proteção UV" ou “98% de proteção contra raios UVA e UVB." Se não houver nada a este respeito na etiqueta, ou se houver uma mensagem vaga, tal como “proteção UV” ou “bloqueio da luz UV”, melhor não comprar, estes óculos de sol podem não oferecer proteção adequada.

A melhor defesa dos olhos é feita pelos óculos de sol capazes de "bloquear toda a radiação UV até 400 nanômetros, o que é equivalente a 100% de bloqueio dos raios UV”, explica a oftalmologista do IMO.

Escolher o estilo certo para cada tipo de rosto também colabora na proteção contra o sol. “O ideal é que os óculos de sol cubram as laterais dos olhos para evitar que uma luz difusa afete os olhos. Lentes envolventes, que abarcam todo o rosto são as melhores opções, mesmo que este estilo não seja o mais atraente. É recomendável evitar modelos com lentes pequenas, como os famosos óculos de sol de John Lennon”, explica Roberta Velletri.

A fotoproteção não está relacionada ao uso de lentes nos tons mais escuros. “Óculos de sol com lentes nas cores verde, laranja, vermelho, cinza e até trasnparente podem oferecer a mesma proteção que lentes mais escuras. Para evitar distorção de cores, prefira as lentes cinzas”, diz a oftalmologista.

“Se você é freqüentemente afetado pelo brilho do sol durante passeios de barco ou quando está esquiando, deve optar por lentes polarizadas, que bloqueiam as ondas de luz horizontal que criam o brilho. Mas lembre-se, a polarização em si não irá bloquear a luz UV. Certifique-se que as lentes oferecem também 98% ou 100% de proteção UV”, recomenda Velletri.

Se você faz muitas atividades ao ar livre, tais como vela, ciclismo ou jardinagem, deve considerar a compra de um par de óculos de sol com lentes de policarbonato, que são 10 vezes mais duráveis do que o plástico comum ou do que as lentes de vidro.

Evite comprar óculos nas calçadas

Em busca de proteção adequada, evite comprar imitações de grifes famosas das mãos de camelôs. “Um par de imitação que não ofereça proteção UV fará seus olhos sofrerem mais do que se você estivesse sem um óculos de sol. Procure adquirir o seu óculos de sol em locais apropriados”, afirma a oftalmologista.

E em se tratando de fotoproteção, não esqueça as crianças. “Eles podem usar o modelo do super-herói preferido, desde que as lentes ofereçam de 98 a 100% de proteção UV. Crianças com olhos claros são especialmente vulneráveis a danos do sol. A lesão ocular nas crianças é cumulativa, portanto, quando mais cedo a criança adquirir o hábito de usar óculos de sol, melhor”, recomenda.

Se a criança pratica esportes regularmente ao ar livre, é preciso considerar também a compra de óculos de proteção. “As lesões oculares são a principal causa de cegueira em crianças, e a maioria dessas lesões ocorre quando elas estão jogando basquete, beisebol, hóquei no gelo ou praticando esportes que envolvem raquetes”, conta a médica.

Teste o seu modelo antigo

Se você gosta muito do modelo de seus antigos óculos de sol e não deseja se desfazer deles, não deixe de testá-los, para saber que tipo de proteção eles oferecem. “Você deve levá-los a uma ótica com um medidor de UV. Este dispositivo pode medir a proteção UV de seus óculos e ajudar a determinar se você deve comprar um novo par ou não”, defende Roberta Velletri.

Cuidados também devem ser observados em relação às lentes de contato. “Elas devem oferecer proteção UV. Mas é preciso saber que apenas as lentes de contato não fornecem fotoproteção adequada, pois as lentes cobrem (e consequentemente protegem) apenas a córnea, deixando sem proteção a área branca dos olhos (conjuntiva) e a pele ao redor dos olhos)”, alerta a oftalmologista.

Há casos de pacientes idosos que têm crescimento da conjuntiva causado pelos danos provocados pelo sol. “Estas lesões, chamadas de pinguéculas, muitas vezes, levam à irritação nos olhos e ao ressecamento dos mesmos e podem, eventualmente, prejudicar a visão. Para evitar o aparecimento das pinguéculas, é preciso que o paciente que usa lentes de contato, também use óculos de sol ao ar livre”, recomenda Roberta Velletri.

Por último, é preciso alertar os usuários de óculos de grau também. “Para evitar a compra de mais um óculos, o paciente pode revestir suas lentes com proteção UV, assegurando fotoproteção aos óculos que ele já usa”, informa a oftalmologista.

Fonte:http://www.portaldaoftalmologia.com.br/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O brasileiro e os riscos no trânsito


População desconhece o impacto dos problemas de visão sem diagnóstico e deixa de usar cinto de segurança, aumentando o risco de acidentes.

O trânsito é a terceira maior causa de morte no Brasil. Só fica atrás das doenças cardíacas e do câncer. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que em 2010 das 150 mil internações por acidentes, só 43% das pessoas usavam cinto de segurança, sendo 49% homens e 36% mulheres.

O País ocupa a quinta posição no ranking mundial de mortes por acidente. É o que revela um levantamento realizado em 178 nações pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para combater o problema o governo brasileiro aderiu no último dia 11 à Década de Segurança no Trânsito 2011-2020, lançada no mesmo dia pela OMS. A meta é reduzir em 50% os acidentes. O plano de ação vai ser lançado em setembro deste ano.

"A falta de informação e o envelhecimento da população aumentam o desafio desse compromisso”, afirma o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego. Isso porque, explica, um dos principais complicadores para quem dirige é a perda visual gradativa decorrente da idade. “A visão responde por 85% de todas as informações recebidas durante a condução. É por isso que motoristas com mais 65 anos precisam renovar a carteira a cada três anos e não a cada cinco, como nas menores faixas etárias", avalia.

Diagnóstico precoce

O problema, comenta, é que metade dos condutores só passa por exame de vista quando vai renovar a Carteira Nacional de Habilitação. Dados do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) revelam que das 35 milhões de carteiras de habilitação emitidas no País, 12,85% ou 4,5 milhões são para motoristas com idade acima de 55 anos.

A visão de quem já passou dos 50 anos muda muito rápido. Nessa faixa etária a dificuldade para ler placas de sinalização, enxergar o semáforo ou o painel do carro nem sempre está relacionada aos vícios de refração – miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Pode sinalizar doenças típicas da terceira idade. As principais são:


Glaucoma
Sintoma: Reduz o campo visual  periférico
Tratamento: colírios e/ou cirurgia

Catarata
Sintoma: afeta a visão de contraste
Tratamento: Implante de lente intraocular

Degeneração Macular úmida
Sintoma: Afeta a visão central
Tratamento: Drogas antiangiogênicas



O diagnóstico precoce dessas doenças, destaca, pode retardar a progressão que leva à perda definitiva da visão nos casos de glaucoma e degeneração macular.

Mais iluminação

O médico afirma que para enxergar bem uma pessoa de 60 anos necessita três vezes mais iluminação que outra de 20 anos. Por isso, para ele o uso de farol baixo durante o dia e à noite previsto no Código de Trânsito Brasileiro só para ônibus, motos, motonetas e ciclomotores, deveria se estender a todos os veículos, visando melhorar a visibilidade no trânsito.

Aos 60 anos a capacidade de enxergar a luz azul e a visão de contraste diminuem porque o cristalino enrijece e começa a amarelar. Além disso, ressalta, a pupila diminui de tamanho, prejudicando a adaptação da visão entre ambientes claros e escuros.

“Para condutores significa que dirigir à noite se torna mais perigoso, a ponto de alguns motoristas terem de interromper a direção noturna”, avalia. Também significa que no entardecer e no amanhecer a dificuldade de adaptação visual é maior. “É por isso na avaliação médica o perito pode estabelecer restrições à direção noturna ou um período menor para a renovação da CNH”, conclui.

Dicas de Segurança

Quem já passou dos 65 anos deve tomar cuidados extras no trânsito. As principais dicas do especialista são:

· Faça exame oftalmológico anualmente.

· Mantenha o grau dos óculos atualizado.

· Evite óculos com armações que limitem a visão lateral

· Para diminuir o ofuscamento ajuste a altura do assento de forma que enxergue 10 metros à frente do veículo.

· Evite dirigir à noite, no entardecer e ao amanhecer.

· Mantenha a cabeça e os olhos em movimento.

· Ajuste os espelhos para se livrar dos pontos cegos.

· Mantenha o pára-brisa, lanternas e faróis limpos.

· Faça caminhada diariamente para manter a boa circulação.


Fonte: Portal da Oftalmologia