segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Caso Neymar foi um alerta


Traumas oculares cegam até 2 milhões por ano

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, a cada ano, entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas ficam cegas no mundo em consequência de danos causados por traumas oculares. Acidentes como o sofrido, no final de abril, pelo jogador Neymar, do Santos Futebol Clube, são os mais frequentes e podem trazer sérios prejuízos à visão se não tratados em tempo. "O trauma que resulta de uma contusão, uma batida ou uma colisão contra o olho é o mais comum e pode gerar desde um simples arranhão na córnea até um descolamento de retina, o desencadeamento de uma catarata precoce ou glaucoma, dependendo da gravidade", avalia o especialista em retina do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), o oftalmologista Sérgio Kniggendorf.

O acidente ocorrido com o jogador do Santos serve de alerta para que vítimas de traumas oculares, em qualquer idade e circunstância, não deixem de avaliar as consequências rapidamente. O jogador teve uma hemorragia no olho direito, em razão de colisão com o zagueiro Toninho, do time Santo André, e teve sua própria mão atingindo o olho em alta velocidade. São acidentes que podem ocorrer nas escolas, nas academias em brincadeiras infantis, nas atividades rotineiras.

O oftalmologista do HOB explica que há diferentes tipos de traumas oculares. Além do contuso, há o perfurante que, ao que o nome remete, consiste no corte ou perfuração do globo ocular por algum corpo estranho. "Acidentes envolvendo metais que chegam a perfurar e se instalar na estrutura ocular são perigosíssimos, podem levar a perda total da visão em questão de dias", adverte.

Sequelas - Os danos causados aos olhos por traumas contusos variam de acordo com a gravidade e a intensidade da colisão que o provocou. Kniggendorf explica que "se o resultado da contusão for apenas um arranhão no epitélio (fina camada de pele que envolve a córnea), o paciente pode apresentar o quadro de dor e embaçamento da visão, que melhoram em até dois dias. Também há situações nas quais os pacientes apresentam o quadro de hemorragia, mas melhoram em até três dias".

Nos casos mais graves, o paciente corre o risco de desenvolver uma catarata precoce ou até o descolamento de retina. A retina é a região ocular responsável pela formação das imagens capturadas pelo olho, bem como pela transmissão dessas informações para o cérebro. A retina fica na parte de trás do globo ocular e, quando o trauma incidente ao olho é muito intenso, pode gerar o descolamento. Este quadro é considerado de urgência oftalmológica e assim que apontado o diagnóstico, o paciente deve passar por cirurgia, uma vez que pode acontecer a morte da retina e, consequentemente, a perda da visão, alerta Kniggendorf.

Crianças - O especialista do HOB observa que crianças, costumam omitir dos pais os traumas oculares frutos de briga, quedas ou contusões, por medo e, com este comportamento, põem em risco a saúde ocular. Ele conta que com frequência, pais trazem crianças ao hospital com quadro de trauma ocular de evolução tardia. "Se, por exemplo, um objeto metálico perfura o olho e deixa resquícios, o paciente pode sofrer uma atrofia total do globo ocular, resultado da oxidação do metal, e ser necessário retirar o olho", relata. Para evitar esse desfecho radical, Kniggendorf sugere que pais fiquem atentos ao comportamento e às lesões que por ventura surjam nas crianças.

Cuidados - Além da observação frequente no caso das crianças, é imprescindível o acompanhamento médico periódico dos pacientes que já sofreram traumas oculares, mesmo leves. O objetivo é a prevenção de quadros mais sérios como o aparecimento do glaucoma. "Quando um indivíduo sofre um acidente, com trauma ocular, a relação entre os fluídos produzidos pelo olho é alterada. Se há um aumento na produção e uma dificuldade no escoamento desses fluídos, a pressão intra-ocular aumenta, e há possibilidade de desenvolver glaucoma", explica o oftalmologista.

É imprescindível que o paciente traumatizado seja acompanhado por um oftalmologista que deverá monitorar a pressão do olho agredido e prescrever medicação para gerenciar os níveis da pressão quando necessário, orienta.



Autor: Imprensa
Fonte: atf comunicação empresarial

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Muitas pessoas têm problemas de visão e não sabem




Cerca de 75% dos casos de problemas visuais e cegueira em todo o mundo poderiam ser evitados com acompanhamento médico

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 314 milhões de pessoas em todo o mundo têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 45 milhões deles são cegos. Destes casos, 75% poderiam ser evitados ou curados. Por isso, é preciso ficar atento a alguns sintomas. “Fadiga ocular, visão embaçada, dificuldade na mudança de foco perto/longe, sensação de peso nos olhos, dores de cabeça, sensação de olhos secos, vermelhidão, ardência e lacrimejamento são alguns dos sinais de que alguma coisa pode estar errada”, alerta o oftalmologista Dr. Marco Canto, diretor da Clínica Canto.

Como o primeiro estágio de muitas doenças é pouco perceptível, os exames periódicos são fundamentais para evitar qualquer perda visual. A catarata é um exemplo. No estágio inicial, o paciente percebe apenas uma pequena turvação, embaçamento e desconforto. “Entretanto, esses sintomas aumentam progressivamente, impedindo a nítida visualização dos objetos e letras até a obstrução total da visão”, revela o oftalmologista.

O glaucoma, aumento da pressão interna do olho que pode causar perdas visuais irreversíveis,e o ceratocone, alteração na córnea que provoca a diminuição da visão, só podem ser diagnosticadas por um especialista. “É muito comum encontrarmos pessoas com boa visão, sem óculos, com queixa de cefaleia sem causa, que quando realizamos os exames diagnósticos descobrimos a existência do ceratocone”, revela Dr. Marco Canto. A falta de acompanhamento médico pode agravar até problemas mais simples. “Uma conjuntivite mal tratada, por exemplo, pode gerar complicações mais sérias e causar até perda total da visão”, considera Dr. Marco Canto.


Autor: Expressa Comunicação
Fonte: Imprensa